Thursday, November 26, 2009
Tuesday, November 24, 2009
Wednesday, September 09, 2009
Friday, March 13, 2009
todo mundo quer uma casa para voltar...
a moça vive na rua e num ponto de onibus pouco frequentado rodeou-se de caixas de papelão, sonha que uma é o seu quarto e sentada dobra e redobra a vida: roupas de criança que tira de um saco e empilha dentro de uma caixa de sapato: no olhar saudade daquilo que nunca teve...
todo mundo quer uma casa para volta...
numa esquina de são paulo, o pastor juvenal se apertava contra a parede, olhando assustado para todos os lados...
no chão uma bolsa cheia de estojos de CDs contrabandeados, meio aberta meio fechada... medo do ¨rapa¨.
¨moço... engraçada essa vida, lá no meu Crato tinha uma igreja, dizia pro meu rebanho andar no caminho de Deus, nem sei como vim parar aqui... escondido de polícia; a Bíblia? ali largada debaixo da bolsa; um dia desses quando o rapa passar corro e deixo ela... tem mais valia para um outro...¨
Sunday, March 08, 2009
Deu no rádio: Cozinhar deve ser como tocar Jazz, um cordeiro com alecrim é um Jazz simfônico. Com força, o alho e a cebola são esticados no seu aroma e sabor num sustenído obtido com a sua cor dourada no bom azeite virgem.
O peixe é um Jazz acústico, as ervas quase silenciosas são o rasquear das escova na caixa, quase não se percebe mas se faz indispensável...
Wednesday, February 25, 2009
Wednesday, February 18, 2009
Monday, February 16, 2009
Sunday, February 15, 2009
Thursday, February 12, 2009
Encima de uma pilha de caixas de papelão arrumadinhas, ao lado de uma carroça puxada por gente enconstato no banco 30 horas ele vigia.
Vigia como se vigiasse a coisa mais importate do mundo! Mas o que me impressiona é seu olhar, olhar aflito de quem espera seu velho dono catador que pode um dia não votar.... a falta dele ou a sua mesma impossibilitariam o prosseguir da vida dura de um e de outro. Parece que ele sabe dessa urgência.
Tuesday, February 10, 2009
... nossa vizinha tem uma gata, não sabiamos o nome nem da gata, nem da vizinha... Adelaide parecia um bom nome; assim foi um ano gritando da minha janela pra outra: Adelaide, você chama gato olha!
fica na gente a sensação de que o nomeado se apropria do nome e a certeza de que Adelaide era ela mesma...
No elevador encontramos certa vez a ¨vizinha¨ pop e moderna, e intuitivamente vem a pergunta: Você tem uma gata, a Adelaide?
Tenho, mas é a Maibí...Desde então meu coração chama adelaide e quem responde é Maibí, graciosa entre o vidro e a tela verde da janela. (A adelaide (doravante em minúscula por que o nome não é mais próprio) ganhei do mundo, que também me dá um montão de presentes...!)